Existem algumas maneiras – práticas - para utilizarmos o uso correto das palavras. O verbo suspender, por exemplo, possui uma forma derivada: o substantivo suspensão; porém, como saberemos se este possui grafia com s ou ç? Primeiramente, teremos que entender – de forma bem clara – os conceitos de substantivo e de adjetivo.
Substantivo é tudo o que nomeia as coisas em geral, pode ser visto, pego ou sentido e será precedido por artigo (implícito ou não). Exemplo: Carro, o carro
Quanto à formação
Quanto à existência de radical, o substantivo pode ser classificado em:
Primitivo: palavras que não derivam de outras. Ex: flor, pedra, jardim
Derivado: vem de outra palavra existente na língua. O substantivo que dá origem ao derivado (substantivo primitivo) é denominado radical. Ex: floreira, pedreira, motorista, jardineiro.
Quanto ao número de radicais, pode ser classificado em:
Simples: tem apenas um radical. Ex: água, couve, sol.
Composto: tem dois ou mais radicais. Ex: água-de-cheiro, couve-flor, girassol, lança-perfume.
Quanto ao tipo
Quando se referir a especificação dos seres, pode ser classificado em:
Concreto: designa seres que existem ou que podem existir por si só. Ex: casa, cadeira.
Também concretos os substantivos que nomeiam divindades (Deus, anjos, almas) e seres fantásticos (fada, duende), pois, existentes ou não são sempre considerados como seres com vida própria.
Abstrato: designa idéias ou conceitos, cuja existência está vinculada a alguém ou a alguma outra coisa. Ex: justiça, amor, trabalho, etc.
Comum: denomina um conjunto de seres de maneira geral, ou seja, um ser sem diferenciar dos outros do mesmo conjunto. Ex: lobo, pizza, máscara.
Próprio: denota um elemento individual que tenha um nome próprio dentro de um conjunto, sendo grafado sempre com letra maiúscula. Ex: Guilherme, Lucas, Richard, Brasil, Rio de Janeiro, Fusca.
Coletivo: um substantivo coletivo designa um nome singular dado a um conjunto de seres. No entanto, vale ressaltar que não se trata necessariamente de quaisquer seres daquela espécie. Alguns exemplos: Uma biblioteca é um conjunto de livros, mas uma pilha de livros desordenada não é uma biblioteca. A biblioteca discrimina o gênero dos livros e os acomoda em prateleiras. Uma orquestra ou banda é um conjunto de instrumentistas, mas nem todo conjunto de músicos ou instrumentistas pode ser classificado como uma orquestra ou banda. Em uma orquestra ou banda, os instrumentistas estão executando a mesma peça musical ao mesmo tempo. Uma turma é um conjunto de estudantes, mas se juntarem num mesmo alojamento os estudantes de várias carreiras e várias universidades numa sala, não se tem uma turma. Na turma, os estudantes assistem simultaneamente à mesma aula.
Quanto ao gênero
Os substantivos flexionam-se nos gêneros masculino e feminino e quanto às formas, podem ser:
Substantivos biformes: apresentam duas formas originadas do mesmo radical. Exemplos: menino - menina, traidor - traidora, aluno - aluna.
Substantivos heterônimos: apresentam radicais distintos e dispensam artigo ou flexão para indicar gênero, ou seja, apresentam duas formas uma para o feminino e outra para o masculino. Exemplos: arlequim - colombina, arcebispo - arquiepiscopisa, bispo - episcopisa, bode - cabra.
Substantivos uniformes: apresentam a mesma forma para os dois gêneros, podendo ser classificados em:
Epicenos: referem-se a animais ou plantas, e são invariáveis no artigo precedente, acrescentando as palavras macho e fêmea, para distinção do sexo do animal. Exemplos: a onça macho - a onça fêmea; o jacaré macho - o jacaré fêmea; a foca macho - a foca fêmea.
Comuns de dois gêneros: o gênero é indicado pelo artigo precedente. Exemplos: o dentista, a dentista.
Sobrecomuns: invariáveis no artigo precedente. Exemplos: a criança, o indivíduo (não existem formas como "crianço", "indivídua", nem "o criança", "a indivíduo").
Os substantivos compostos flexionam-se da seguinte forma quando ligados por hífen: se os elementos são ligados por preposição, só o primeiro varia: mulas-sem-cabeça. Se os elementos são formados por palavras repetidas ou por onomatopéia, só o segundo elemento varia: tico-ticos, pingue-pongues. Nos demais casos, somente os elementos originariamente substantivos, adjetivos e numerais variam: couves-flores, guardas-noturnos, amores-perfeitos, bem-amados, ex-alunos.
Adjetivo é uma palavra que caracteriza um substantivo atribuindo-lhe qualidade, estado ou modo de ser. Flexionam-se em gênero, número e grau. Sua função gramatical pode ser comparada com a do advérbio em relação aos verbos, aos adjetivos e a outros advérbios.
Exemplos:
borboletas azuis
céu cinza
sandálias sujas
Da mesma forma que os substantivos, os adjetivos contribuem para a organização do mundo em que vivemos. Assim, distinguimos uma fruta azeda de uma doce, por exemplo. Eles também estão ligados a nossa forma de ver o mundo: o que pode ser bom para uns pode ser mau para outros.
Classificação dos adjetivos
Os morangos são vermelhos. Vermelhos caracteriza o substantivo morangos e, por isso, é um adjetivo
Quanto à semântica
A classificação semântica dos adjetivos pode variar de acordo com o tipo de característica que exprimem. Alguns exemplos:
Cor: vermelho, amarelo, azul, preto, etc.
Forma: quadrado, redondo, triangular, etc.
Temperatura: quente, frio, morno, gelado, etc.
Intensidade: forte, fraco, moderado, etc.
Proporção: grande, médio, pequeno, nanico, enorme, etc.
Qualidade: bom, bonito, amável, agradável, etc.
Adjetivos gentílicos: brasileiro, português, paulista, carioca, lisboeta, etc.
Quanto à formação
Com relação à formação das palavras, os adjetivos podem ser classificados em:
Primitivo: Não provém de outra palavra, e serve de base para a formação de outras palavras, em geral, substantivos abstratos. Exemplos: Triste é primitivo de tristeza; Negro é primitivo de negritude.
Derivado: Apresenta afixos e provém de outra palavra. Exemplos: Integral é derivado de íntegro (íntegro + sufixo -al); Amansado é derivado de manso (prefixo a- + manso + sufixo -ado).
Simples: É constituído de um só elemento: surdo, mudo, etc.
Composto: É aquele que é constituído de mais de um elemento: Plantão médico-cirúrgico,
Flexão de adjetivos
Os adjetivos podem sofrer três tipos de flexão: por gênero, por número e por grau.
Flexão de Gênero
Os adjetivos podem ser divididos em dois grupos em relação ao gênero.
Adjetivos uniformes: Apresentam uma única forma para os dois gêneros (masculino e feminino). Exemplos: empregado competente (masculino)/empregada competente (feminino)
Adjetivos biformes: Apresentam duas formas para os dois gêneros (masculino e feminino). Exemplo: o homem burguês (masculino)/a mulher burguesa (feminino)
Em geral, para formar o feminino, os adjetivos levam a vogal -a no final do adjetivo e para formar o masculino eles levam a vogal -o no final do adjetivo. Exemplo:
criativo (masculino)/criativa (feminino). Entretanto, pode haver exceções, como no caso dos masculinos terminados em -eu, que podem fazer o feminino em -eia (europeu, européia) ou em -ia (judeu, judia).
Flexão de Número
O adjetivo flexiona-se no plural de acordo com as regras existentes para o substantivo.
Nos adjetivos compostos, como regra geral, só o último elemento vai para o plural. Exemplo: poemas herói-cômicos
Há exceção para o adjetivo surdo-mudo, que faz o plural surdos-mudos.
Não há variação de número nem de gênero para os seguintes casos:
adjetivos compostos com nome de cor + substantivo: olhos verde-mar adjetivo azul-marinho: calças azul-marinho. Locuções adjetivas formadas pela expressão cor + de + substantivo: chapéus cor-de-rosa. Os substantivos empregados em função adjetivas quando está implícita a ideia de cor: sapatos cinza.
Regras para flexão de número para adjetivos compostos
Nos adjetivos compostos, só o último elemento vai para o plural. Exemplos: lente côncavo-convexas. Nos adjetivos cores, eles ficam invariáveis quando o último elemento for um substantivo. Exemplos: papel azul-turquesa/papéis azul-turquesa;
Flexão de Grau
A única flexão de grau propriamente dita dos adjetivos é entre o grau normal e o grau superlativo absoluto. Exemplos: magro – macérrimo (e não magérrimo), atual - atualíssimo, negro - nigérrimo, fácil - facílimo. Algumas palavras ainda admitem o grau comparativo de superioridade. Exemplos: grande - maior, bom - melhor.
Comparativo de igualdade: Usa-se para expressar que um ser tem um grau de igualdade a outro ser. Pode ser determinado pelas locuções: tanto...quanto, ...assim como..., tão...quanto, ...do mesmo jeito que..., e outras variações. Por exemplo: "Fulano é tão alegre quanto sicrano".
Comparativo de superioridade: Usa-se para expressar que um ser tem um grau de superioridade a outro ser. Pode ser determinado pelas locuções: mais...que ou mais...do que. Exemplo: "José é mais alegre que Pedro".
Comparativo de inferioridade: Usa-se para expressar que um ser tem um grau de inferioridade a outro ser. Pode ser determinado pelas locuções: menos...que ou menos...do que. Exemplo: "José é menos alegre que Pedro".
Superlativo absoluto (analítico): Exprime um aumento de intensidade sobre o substantivo determinado pelo adjetivo, sem compará-lo com outros da mesma espécie. Exemplo: "José é muito alto".
Superlativo absoluto (sintético): É expresso com a participação de sufixos. O mais comum é –íssimo. Exemplo: “Trata-se de um artista originalíssimo”, “Seremos tolerantíssimos”.
Superlativo relativo de superioridade: Exprime uma vantagem de um ser entre os demais da mesma espécie. Exemplo: "José é o mais alto de todos".
Superlativo relativo de inferioridade: Exprime uma desvantagem de um ser entre os demais da mesma espécie. Exemplo: "José é o menos alto de todos".
Agora que já temos noções básicas acerca de substantivo e adjetivo, poderemos diferençar o uso de S, Z e Ç na formação das palavras. Para isso, usaremos uma regra simples que nos ajudará a entender melhor o processo de formação das palavras.
Todos os verbos que possuírem a terminação TER, TIR, DER, DIR MER MIR formarão o substantivo com S (salvo raras exceções). Note que é preciso trocar, exatamente, uma dessas teminações pela terminação SSÃO ou SÃO, ou seja, quando não for possível a exata substituição "ipsis litteris", a palavra será com Ç:
Quanto à formação
Quanto à existência de radical, o substantivo pode ser classificado em:
Primitivo: palavras que não derivam de outras. Ex: flor, pedra, jardim
Derivado: vem de outra palavra existente na língua. O substantivo que dá origem ao derivado (substantivo primitivo) é denominado radical. Ex: floreira, pedreira, motorista, jardineiro.
Quanto ao número de radicais, pode ser classificado em:
Simples: tem apenas um radical. Ex: água, couve, sol.
Composto: tem dois ou mais radicais. Ex: água-de-cheiro, couve-flor, girassol, lança-perfume.
Quanto ao tipo
Quando se referir a especificação dos seres, pode ser classificado em:
Concreto: designa seres que existem ou que podem existir por si só. Ex: casa, cadeira.
Também concretos os substantivos que nomeiam divindades (Deus, anjos, almas) e seres fantásticos (fada, duende), pois, existentes ou não são sempre considerados como seres com vida própria.
Abstrato: designa idéias ou conceitos, cuja existência está vinculada a alguém ou a alguma outra coisa. Ex: justiça, amor, trabalho, etc.
Comum: denomina um conjunto de seres de maneira geral, ou seja, um ser sem diferenciar dos outros do mesmo conjunto. Ex: lobo, pizza, máscara.
Próprio: denota um elemento individual que tenha um nome próprio dentro de um conjunto, sendo grafado sempre com letra maiúscula. Ex: Guilherme, Lucas, Richard, Brasil, Rio de Janeiro, Fusca.
Coletivo: um substantivo coletivo designa um nome singular dado a um conjunto de seres. No entanto, vale ressaltar que não se trata necessariamente de quaisquer seres daquela espécie. Alguns exemplos: Uma biblioteca é um conjunto de livros, mas uma pilha de livros desordenada não é uma biblioteca. A biblioteca discrimina o gênero dos livros e os acomoda em prateleiras. Uma orquestra ou banda é um conjunto de instrumentistas, mas nem todo conjunto de músicos ou instrumentistas pode ser classificado como uma orquestra ou banda. Em uma orquestra ou banda, os instrumentistas estão executando a mesma peça musical ao mesmo tempo. Uma turma é um conjunto de estudantes, mas se juntarem num mesmo alojamento os estudantes de várias carreiras e várias universidades numa sala, não se tem uma turma. Na turma, os estudantes assistem simultaneamente à mesma aula.
Quanto ao gênero
Os substantivos flexionam-se nos gêneros masculino e feminino e quanto às formas, podem ser:
Substantivos biformes: apresentam duas formas originadas do mesmo radical. Exemplos: menino - menina, traidor - traidora, aluno - aluna.
Substantivos heterônimos: apresentam radicais distintos e dispensam artigo ou flexão para indicar gênero, ou seja, apresentam duas formas uma para o feminino e outra para o masculino. Exemplos: arlequim - colombina, arcebispo - arquiepiscopisa, bispo - episcopisa, bode - cabra.
Substantivos uniformes: apresentam a mesma forma para os dois gêneros, podendo ser classificados em:
Epicenos: referem-se a animais ou plantas, e são invariáveis no artigo precedente, acrescentando as palavras macho e fêmea, para distinção do sexo do animal. Exemplos: a onça macho - a onça fêmea; o jacaré macho - o jacaré fêmea; a foca macho - a foca fêmea.
Comuns de dois gêneros: o gênero é indicado pelo artigo precedente. Exemplos: o dentista, a dentista.
Sobrecomuns: invariáveis no artigo precedente. Exemplos: a criança, o indivíduo (não existem formas como "crianço", "indivídua", nem "o criança", "a indivíduo").
Os substantivos compostos flexionam-se da seguinte forma quando ligados por hífen: se os elementos são ligados por preposição, só o primeiro varia: mulas-sem-cabeça. Se os elementos são formados por palavras repetidas ou por onomatopéia, só o segundo elemento varia: tico-ticos, pingue-pongues. Nos demais casos, somente os elementos originariamente substantivos, adjetivos e numerais variam: couves-flores, guardas-noturnos, amores-perfeitos, bem-amados, ex-alunos.
Adjetivo é uma palavra que caracteriza um substantivo atribuindo-lhe qualidade, estado ou modo de ser. Flexionam-se em gênero, número e grau. Sua função gramatical pode ser comparada com a do advérbio em relação aos verbos, aos adjetivos e a outros advérbios.
Exemplos:
borboletas azuis
céu cinza
sandálias sujas
Da mesma forma que os substantivos, os adjetivos contribuem para a organização do mundo em que vivemos. Assim, distinguimos uma fruta azeda de uma doce, por exemplo. Eles também estão ligados a nossa forma de ver o mundo: o que pode ser bom para uns pode ser mau para outros.
Classificação dos adjetivos
Os morangos são vermelhos. Vermelhos caracteriza o substantivo morangos e, por isso, é um adjetivo
Quanto à semântica
A classificação semântica dos adjetivos pode variar de acordo com o tipo de característica que exprimem. Alguns exemplos:
Cor: vermelho, amarelo, azul, preto, etc.
Forma: quadrado, redondo, triangular, etc.
Temperatura: quente, frio, morno, gelado, etc.
Intensidade: forte, fraco, moderado, etc.
Proporção: grande, médio, pequeno, nanico, enorme, etc.
Qualidade: bom, bonito, amável, agradável, etc.
Adjetivos gentílicos: brasileiro, português, paulista, carioca, lisboeta, etc.
Quanto à formação
Com relação à formação das palavras, os adjetivos podem ser classificados em:
Primitivo: Não provém de outra palavra, e serve de base para a formação de outras palavras, em geral, substantivos abstratos. Exemplos: Triste é primitivo de tristeza; Negro é primitivo de negritude.
Derivado: Apresenta afixos e provém de outra palavra. Exemplos: Integral é derivado de íntegro (íntegro + sufixo -al); Amansado é derivado de manso (prefixo a- + manso + sufixo -ado).
Simples: É constituído de um só elemento: surdo, mudo, etc.
Composto: É aquele que é constituído de mais de um elemento: Plantão médico-cirúrgico,
Flexão de adjetivos
Os adjetivos podem sofrer três tipos de flexão: por gênero, por número e por grau.
Flexão de Gênero
Os adjetivos podem ser divididos em dois grupos em relação ao gênero.
Adjetivos uniformes: Apresentam uma única forma para os dois gêneros (masculino e feminino). Exemplos: empregado competente (masculino)/empregada competente (feminino)
Adjetivos biformes: Apresentam duas formas para os dois gêneros (masculino e feminino). Exemplo: o homem burguês (masculino)/a mulher burguesa (feminino)
Em geral, para formar o feminino, os adjetivos levam a vogal -a no final do adjetivo e para formar o masculino eles levam a vogal -o no final do adjetivo. Exemplo:
criativo (masculino)/criativa (feminino). Entretanto, pode haver exceções, como no caso dos masculinos terminados em -eu, que podem fazer o feminino em -eia (europeu, européia) ou em -ia (judeu, judia).
Flexão de Número
O adjetivo flexiona-se no plural de acordo com as regras existentes para o substantivo.
Nos adjetivos compostos, como regra geral, só o último elemento vai para o plural. Exemplo: poemas herói-cômicos
Há exceção para o adjetivo surdo-mudo, que faz o plural surdos-mudos.
Não há variação de número nem de gênero para os seguintes casos:
adjetivos compostos com nome de cor + substantivo: olhos verde-mar adjetivo azul-marinho: calças azul-marinho. Locuções adjetivas formadas pela expressão cor + de + substantivo: chapéus cor-de-rosa. Os substantivos empregados em função adjetivas quando está implícita a ideia de cor: sapatos cinza.
Regras para flexão de número para adjetivos compostos
Nos adjetivos compostos, só o último elemento vai para o plural. Exemplos: lente côncavo-convexas. Nos adjetivos cores, eles ficam invariáveis quando o último elemento for um substantivo. Exemplos: papel azul-turquesa/papéis azul-turquesa;
Flexão de Grau
A única flexão de grau propriamente dita dos adjetivos é entre o grau normal e o grau superlativo absoluto. Exemplos: magro – macérrimo (e não magérrimo), atual - atualíssimo, negro - nigérrimo, fácil - facílimo. Algumas palavras ainda admitem o grau comparativo de superioridade. Exemplos: grande - maior, bom - melhor.
Comparativo de igualdade: Usa-se para expressar que um ser tem um grau de igualdade a outro ser. Pode ser determinado pelas locuções: tanto...quanto, ...assim como..., tão...quanto, ...do mesmo jeito que..., e outras variações. Por exemplo: "Fulano é tão alegre quanto sicrano".
Comparativo de superioridade: Usa-se para expressar que um ser tem um grau de superioridade a outro ser. Pode ser determinado pelas locuções: mais...que ou mais...do que. Exemplo: "José é mais alegre que Pedro".
Comparativo de inferioridade: Usa-se para expressar que um ser tem um grau de inferioridade a outro ser. Pode ser determinado pelas locuções: menos...que ou menos...do que. Exemplo: "José é menos alegre que Pedro".
Superlativo absoluto (analítico): Exprime um aumento de intensidade sobre o substantivo determinado pelo adjetivo, sem compará-lo com outros da mesma espécie. Exemplo: "José é muito alto".
Superlativo absoluto (sintético): É expresso com a participação de sufixos. O mais comum é –íssimo. Exemplo: “Trata-se de um artista originalíssimo”, “Seremos tolerantíssimos”.
Superlativo relativo de superioridade: Exprime uma vantagem de um ser entre os demais da mesma espécie. Exemplo: "José é o mais alto de todos".
Superlativo relativo de inferioridade: Exprime uma desvantagem de um ser entre os demais da mesma espécie. Exemplo: "José é o menos alto de todos".
Agora que já temos noções básicas acerca de substantivo e adjetivo, poderemos diferençar o uso de S, Z e Ç na formação das palavras. Para isso, usaremos uma regra simples que nos ajudará a entender melhor o processo de formação das palavras.
Todos os verbos que possuírem a terminação TER, TIR, DER, DIR MER MIR formarão o substantivo com S (salvo raras exceções). Note que é preciso trocar, exatamente, uma dessas teminações pela terminação SSÃO ou SÃO, ou seja, quando não for possível a exata substituição "ipsis litteris", a palavra será com Ç:
Substantivo conversão inversão introversão retenção ( e não "ressão") contenção (e não "conssão") abstenção (e não "abssão") reversão intromissão permissão diversão emissão demissão discussão opressão suspensão apreensão cessão concessão ascensão extensão pretensão distensão decisão alusão expansão colisão evasão ilusão progressão explosão persuasão opressão compressão impressão | |
No verbo reter, por exemplo, se houvesse a exata troca do "ter" pelo "são" ou "ssão" o substantivo formado não teria sentido ("ressão") e, por isso, retenção não pode ser escrito com S.
Agora, veremos as palavras que suscitam dúvidas acerca de seu uso: usamos S ou Z? Basta analisarmos sua classe gramatical, por exemplo: o adjetivo horroroso. Como saberemos se é escrito com S ou Z? Basta analisarmos sua origem, pois se a palavra primitiva (que não deriva de nenhuma outra) for um substantivo (exemplo: o horror), formará um adjetivo com S (exemplo: é horroroso). Porém, se a palavra primitiva for um adjetivo (exemplo: é insensato), formará um substantivo grafado sempre com Z (exemplo: a insensatez). Note que o processo de avaliação é o oposto do primeiro exemplo: Se a palavra primitiva for substantivo, formará um adjetivo com S; e, o processo inverso, se a palavra primitiva for um adjetivo formará um substantivo com Z. A tabela abaixo ilustrará melhor os dois processos:
A palavra primitiva é substantivo e formará um adjetivo com S
A palavra primitiva é substantivo e formará um adjetivo com S
Derivada (Adjetivo) (é) horroroso (é) desastroso (é) habilidoso (é) monstruoso (é) pecaminoso (é) criminoso (é) gostoso (é) receoso (é) formoso (é) raivoso (é) vaidoso (é) charmoso (é) duvidoso (é) queixoso (é) numeroso (é) audacioso (é) calunioso (é) mentiroso | |
Note que agora o processo é inverso, a palavra primitiva é adjetivo e formará um substantivo com Z :
Primitiva (Adjetivo) (é) belo
(é) insensato (é) tímido (é) mudo (é) surdo (é) embriagado (é) grávida (é) macio (é) líquido (é) lúcido (é) rígido (é) árido (é) pálido (é) aspero (é) mole (é) delicado (é) fraco (é) sutil (é) leve (é) ligeiro
| Derivada (Substantivo) (a) beleza (a) insensatez (a) timidez (a) mudez (a) surdez (a) embriaguez (a) gravidez (a) maciez (a) liquidez (a) lucidez (a) rigidez (a) aridez (a) palidez (a) aspereza (a) moleza (a) delicadeza (a) fraqueza (a) sutileza (a) leveza (a) ligeireza |
Salvo algumas exceções pela riqueza do nosso idioma, essas regras nos ajudarão na grafia correta das palavras.
A educação é desenvolvida enquanto houver vida.
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