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quinta-feira, 1 de julho de 2010

A Roda do Ser

Tudo vai, tudo volta; eternamente, gira a roda do ser.
Tudo morre, tudo refloresce; eternamente, transcorre o ano do ser.
Tudo se desfaz, tudo é refeito; eternamente, constrói-se a mesma casa do ser.
Tudo se separa, tudo volta a se encontrar; eternamente fiel, permanece o anel do ser.
E cada instante começa o ser, entorno de todo o aqui, rola a bola acolá.
O meio está em toda parte, curvo é o caminho da eternidade.
O homem deve amar a paz como meio para outras guerras.
Não é a força, mas a constância dos bons sentimentos que conduz os homens à felicidade.
O homem é uma corda esticada entre o animal e o super-homem.
Uma corda por cima do abismo, perigosa travessia, perigoso caminhar, perigoso olhar para trás, perigoso parar e tremer.
O que é de grande valor no homem é o fato de ser uma ponte e não um fio.
O que se pode amar num homem é ele ser uma passagem e um acabamento.
Algum veneno, uma vez ou outra, é coisa que proporciona agradáveis sonhos e muito veneno, no fim, para morrer agradavelmente.
Não poderia haver felicidade, jovialidade, esperança, orgulho, presente sem o esquecimento.
Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar.
Aonde leva?
Não perguntes, siga-o...

2 comentários:

  1. Adorei o texto, muito bom gosto!
    Renata Pacheco

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  2. Interessante!
    A lembrança do transcendental com um toque do livre arbítrio.

    Norberto

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